terça-feira, 17 de setembro de 2013

Phebo, odor inconfundível

Ele é sem dúvida nenhuma o sabonete mais famoso do Brasil. Formato oval, ingredientes naturais e um odor característico, inconfundível e inigualável, que há tempos muitos tentam imitar, mas não conseguem. O sucesso da marca de sabonete PHEBO, ícone do segmento de higiene, se tornou caso de estudo na história da construção de marcas e símbolo de vida longa nas pias e prateleiras do país. 

A HISTÓRIA 
A história do tradicional sabonete PHEBO começou em 1930 na cidade de Belém no Pará, com o ambicioso sonho de dois primos, Antônio Lourenço da Silva e Mário Santiago, portugueses radicados no Brasil e que vendiam cigarros, ao resolverem criar um sabonete brasileiro que fosse tão bom quanto ingleses e franceses considerados na época os melhores do mundo. Os dois primos, perfumistas de grande talento, desenvolveram um sabonete à base de glicerina, oval, transparente e escuro, além de luxuosamente embalado, inspirado no Pear’s Soap (um sabonete inglês muito popular lançado em 1789). 

Diversas essências naturais da região foram pesquisadas, até obterem uma fórmula que combinava essência de pau-rosa da Amazônia e mais 145 ingredientes, como sândalo, cravo da Índia e canela de Madagascar, entre outras.  
FONTE: 
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=&imgrefurl=http://revistapesquisa.fapesp.br/2012/12/10/o-perfume-da-amazonia/&h=0&w=0&sz=1&tbnid=pfyZFq3_dTnlLM&tbnh=228&tbnw=221&zoom=1&docid=d6tav1YTy4uxjM


O sabonete, lançado oficialmente no mercado com o slogan “sabonete de charme inglês”, recebeu o nome de PHEBO por causa do Deus do Sol da mitologia grega que irradia calor e energia, simbolizando assim o nascimento de uma nova era da perfumaria brasileira. Mais tarde seria também adotado como nome da empresa. 


No início, as dificuldades eram grandes. O produto, que era comercializado com o nome de PHEBO ODOR de ROSAS, viajava de navio para o Rio de Janeiro e São Paulo, onde era oferecido em consignação, a comerciantes que não tinham muito interesse em comprar um sabonete que custava cinco vezes mais que os similares nacionais da época. O primeiro grande pedido conseguido pela empresa foi para um cliente de Manaus, a farmácia J.G. de Araújo: seis dúzias de sabonetes que demoraram oito semanas para chegar ao ponto de venda. Um ano depois, a tradicional loja de departamento paulista Mappin encomendou 25 dúzias e se tornou o principal cliente da empresa. 

Em 1941, a empresa lançou, em garrafas de meio, a lavanda PHEBO, inspirada nos Alpes suíços e que pouco depois foi renomeada como Seiva de Alfazema, produto fundamental para a conquista dos mercados do sul do país. 

A qualidade dos produtos PHEBO e a originalidade de suas fragrâncias fizeram com que a marca conquistasse, ao longo das décadas, um lugar cativo no lar de quase todos os brasileiros, tornando-se querida por todos e estabelecendo um tipo de fidelidade única que foi seguida de geração a geração. O criador da marca, o português Mário Santiago, desenvolveu o perfume dos sabonetes PHEBO até 1980, quando resolveu terceirizar a fabricação da fragrância. Foi então que novos perfumes como Patchouly, Naturelle e Amazonian, foram desenvolvidos, sempre mantendo a mesma base e formulação original. 



Depois de passar pelas mãos de empresas multinacionais como as americanas Procter & Gamble e Sara Lee, a essência original se perder e o faturamento cair para R$ 36 milhões, a PHEBO foi comprada, em janeiro de 2004, pela Granado Laboratórios, fundada em 1870, que rapidamente descobriu que os consumidores haviam percebido a alteração da fórmula do produto e desejavam ter de volta o perfume original.   
A empresa, então, resolveu recompor a fórmula original do tradicional sabonete e foi buscar um dos perfumistas que trabalhou na fórmula do produto no final dos anos 70, Renato Salvi, já numa recriação bastante inspirada da fragrância original, que precisou ser substituída em função de algumas impossibilidades técnicas, como por exemplo, a continuidade da utilização do óleo de pau-rosa, que hoje é obtido de forma sintética, uma vez que a árvore está ameaçada de extinção. O sabonete PHEBO passou a ser fabricado com base 100% vegetal, oferecendo mais suavidade, deixando a pele macia pela sua ação emoliente, trazendo uma espuma mais intensa e cremosa e uma fragrância mais duradoura. Todas as suas embalagens foram também alteradas e reformuladas, se tornando mais sofisticadas e atrativas. Além disso, a empresa investiu R$ 30 milhões em uma nova fábrica e iniciou exportações para os Estados Unidos. Tudo para resgatar uma marca que já foi símbolo de sofisticação, disputava a preferência entre os consumidores com maior poder aquisitivo e faturava US$ 80 milhões em seus tempos áureos.  

E as novidades não pararam por aí. Nos anos seguintes a linha PHEBO foi expandida sem perder o ar nostálgico que tanto encanta seus fiéis consumidores. Surgiram novas versões do sabonete, como Toque de Lavanda, Frescor da Manhã, Flores da Primavera e Brisas Tropical. Mas a principal novidade foi que ao aliar toda sua tradição à expertise com produtos de beleza, a PHEBO lançou, pela primeira vez em sua história, uma linha de cosméticos, especialmente voltado para meninas e mulheres atualizadas com as últimas tendências de moda e beleza, a PHEBO GIRLS. 


Além disso, lançou perfumes, entre eles, a linha Águas de Phebo assinada pela estilista Isabela Capeto. Em 2010, para comemorar seus 80 anos de mercado a tradicional marca lançou seu site. Inspirada pelas cores vibrantes das embalagens dos produtos, a página é a reprodução de uma floricultura ilustrada pela francesa Anne Marie Helies. Como grande destaque, a possibilidade de fazer compras dos produtos da PHEBO e Granado ao mesmo tempo. Em pouco mais de seis anos a reviravolta da marca PHEBO foi impressionante: antes popular e desprestigiada, agora tradicional e clássica relembrando os tempos áureos e luxuosos da década de 30.  
FONTE: http://mundodasmarcas.blogspot.com.br

5 comentários:

  1. Blog interessante. Sempre adorei a Phebo. Mas, de quem é este blog?

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  2. A embalagem ficou feia e esquisita. Se voltar a embalagem original, vai vender mais, com certeza.

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