Ele é sem dúvida nenhuma o sabonete mais famoso do Brasil. Formato
oval, ingredientes naturais e um odor característico, inconfundível e
inigualável, que há tempos muitos tentam imitar, mas não conseguem. O
sucesso da marca de sabonete PHEBO, ícone do segmento de higiene, se
tornou caso de estudo na história da construção de marcas e símbolo de
vida longa nas pias e prateleiras do país.
A HISTÓRIA
A história do tradicional sabonete PHEBO começou em
1930 na cidade de Belém no Pará, com o ambicioso sonho de dois primos,
Antônio Lourenço da Silva e Mário Santiago, portugueses radicados no
Brasil e que vendiam cigarros, ao resolverem criar um sabonete
brasileiro que fosse tão bom quanto ingleses e franceses considerados na
época os melhores do mundo. Os dois primos, perfumistas de grande
talento, desenvolveram um sabonete à base de glicerina, oval,
transparente e escuro, além de luxuosamente embalado, inspirado no Pear’s Soap
(um sabonete inglês muito popular lançado em 1789).
Diversas essências
naturais da região foram pesquisadas, até obterem uma fórmula que
combinava essência de pau-rosa da Amazônia e mais 145 ingredientes, como
sândalo, cravo da Índia e canela de Madagascar, entre outras.
FONTE:
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=&imgrefurl=http://revistapesquisa.fapesp.br/2012/12/10/o-perfume-da-amazonia/&h=0&w=0&sz=1&tbnid=pfyZFq3_dTnlLM&tbnh=228&tbnw=221&zoom=1&docid=d6tav1YTy4uxjM
O sabonete, lançado oficialmente no mercado com o slogan “sabonete de charme inglês”,
recebeu o nome de PHEBO por causa do Deus do Sol da mitologia grega que
irradia calor e energia, simbolizando assim o nascimento de uma nova
era da perfumaria brasileira. Mais tarde seria também adotado como nome
da empresa.
No início, as dificuldades eram grandes. O produto, que era
comercializado com o nome de PHEBO ODOR de ROSAS,
viajava de navio para o Rio de Janeiro e São Paulo, onde era oferecido
em consignação, a comerciantes que não tinham muito interesse em comprar
um sabonete que custava cinco vezes mais que os similares nacionais da
época. O primeiro grande pedido conseguido pela empresa foi para um
cliente de Manaus, a farmácia J.G. de Araújo: seis dúzias de sabonetes
que demoraram oito semanas para chegar ao ponto de venda. Um ano depois,
a tradicional loja de departamento paulista Mappin encomendou 25 dúzias
e se tornou o principal cliente da empresa.
Em 1941, a empresa lançou,
em garrafas de meio, a lavanda PHEBO, inspirada nos Alpes suíços e que
pouco depois foi renomeada como Seiva de Alfazema, produto fundamental
para a conquista dos mercados do sul do país.
A qualidade dos produtos PHEBO e a originalidade de suas
fragrâncias fizeram com que a marca conquistasse, ao longo das décadas,
um lugar cativo no lar de quase todos os brasileiros, tornando-se
querida por todos e estabelecendo um tipo de fidelidade única que foi
seguida de geração a geração. O criador da marca, o português Mário
Santiago, desenvolveu o perfume dos sabonetes PHEBO até 1980, quando
resolveu terceirizar a fabricação da fragrância. Foi então que novos
perfumes como Patchouly, Naturelle e Amazonian, foram desenvolvidos,
sempre mantendo a mesma base e formulação original.
Depois de passar
pelas mãos de empresas multinacionais como as americanas Procter &
Gamble e Sara Lee, a essência original se perder e o faturamento cair
para R$ 36 milhões, a PHEBO foi comprada, em janeiro de 2004, pela
Granado Laboratórios, fundada em 1870, que rapidamente descobriu que os
consumidores haviam percebido a alteração da fórmula do produto e
desejavam ter de volta o perfume original.
A empresa, então, resolveu recompor a fórmula original do
tradicional sabonete e foi buscar um dos perfumistas que trabalhou na
fórmula do produto no final dos anos 70, Renato Salvi, já numa recriação
bastante inspirada da fragrância original, que precisou ser substituída
em função de algumas impossibilidades técnicas, como por exemplo, a
continuidade da utilização do óleo de pau-rosa, que hoje é obtido de
forma sintética, uma vez que a árvore está ameaçada de extinção. O
sabonete PHEBO passou a ser fabricado com base 100% vegetal, oferecendo
mais suavidade, deixando a pele macia pela sua ação emoliente, trazendo
uma espuma mais intensa e cremosa e uma fragrância mais duradoura. Todas
as suas embalagens foram também alteradas e reformuladas, se tornando
mais sofisticadas e atrativas. Além disso, a empresa investiu R$ 30
milhões em uma nova fábrica e iniciou exportações para os Estados
Unidos. Tudo para resgatar uma marca que já foi símbolo de sofisticação,
disputava a preferência entre os consumidores com maior poder
aquisitivo e faturava US$ 80 milhões em seus tempos áureos.
E as novidades não pararam por aí. Nos anos seguintes a linha
PHEBO foi expandida sem perder o ar nostálgico que tanto encanta seus
fiéis consumidores. Surgiram novas versões do sabonete, como Toque de
Lavanda, Frescor da Manhã, Flores da Primavera e Brisas Tropical. Mas a
principal novidade foi que ao aliar toda sua tradição à expertise com
produtos de beleza, a PHEBO lançou, pela primeira vez em sua história,
uma linha de cosméticos, especialmente voltado para meninas e mulheres
atualizadas com as últimas tendências de moda e beleza, a PHEBO GIRLS.
Além disso, lançou perfumes, entre eles, a linha Águas de Phebo assinada
pela estilista Isabela Capeto. Em 2010, para comemorar seus 80 anos de
mercado a tradicional marca lançou seu site. Inspirada pelas cores
vibrantes das embalagens dos produtos, a página é a reprodução de uma
floricultura ilustrada pela francesa Anne Marie Helies. Como grande
destaque, a possibilidade de fazer compras dos produtos da PHEBO e
Granado ao mesmo tempo. Em pouco mais de seis anos a reviravolta da
marca PHEBO foi impressionante: antes popular e desprestigiada, agora
tradicional e clássica relembrando os tempos áureos e luxuosos da década
de 30.
FONTE: http://mundodasmarcas.blogspot.com.br
Blog interessante. Sempre adorei a Phebo. Mas, de quem é este blog?
ResponderExcluirPertence a Regina Mascarenhas. Está em fase de construção.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPhebo é cheiro da casa de vó
ResponderExcluirA embalagem ficou feia e esquisita. Se voltar a embalagem original, vai vender mais, com certeza.
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